Diante da humilhação sofrida pela seleção brasileira nesta terça-feira em Belo Horizonte, quando perdeu para a Alemanha por 7 a 1, perdendo a esperança de ir a final de uma Copa do Mundo disputada dentro de casa – pela segunda vez – o deputado federal Romário (PSB-RJ), ex-craque da seleção, desabafou nas redes sociais e cobrou do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), candidato a governador, o desengavetamento da CPI da CBF. Disse Romário:
- Em 2012, eu apresentei um pedido de CPI da CBF, baseado em um série de escândalos envolvendo a entidade, como o enriquecimento ilícito de dirigentes, corrupção, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e desvio de verba do patrocínio da empresa área TAM. O pedido está parado em alguma gaveta em Brasília há dois a’nos. Em questionamento ao presidente da Câmara dos Deputados, sr. Henrique Eduardo Alves, mas ouvi como resposta que este não era o melhor momento para se instalar esta CPI. Não concordei, mas respeitei a decisão. E agora, presidente, está na hora?
E agora Henrique? Será que o momento da CPI da CBF chegou. Motivos não faltam.
- Exceto por um vexame como o de ontem, o Brasil não precisaria se envergonhar de uma derrota em campo, afinal, derrotas fazem parte do esporte. Mas vergonha mesmo devemos sentir de ter uma das gestões de futebol mais corruptas do mundo, afirma Romário.
Pois é, o Baixinho sabe de muita coisa que acontece nos bastidores da CBF, só não enxerga quem não quer. A humilhante derrota para a Alemanha ao menos serve para que os nossos parlamentares deem atenção ao que diz Romário.Ou deveria servir.
Não à toa o ex-craque afirma categoricamente que “a corrupção da CBF tem raízes em todos os clubes brasileiros, vale lembrar que são as federações e clubes que elegem há anos o mesmo grupo de cartolas, com os mesmos métodos de gestão arcaicos e corruptos implementados por João Havelange e Ricardo Teixeira e mantidos por Marin e Del Nero. Vale lembrar, que estes dois últimos mudaram o estatuto da entidade e anteciparam a eleição da CBF para antes da Copa. Já prevendo uma possível derrota e a dificuldade que eles teriam de se manter no poder com um quadro desfavorável”.