O Partido Social Democrático, presidido pelo pré-candidato ao Governo
Robinson Faria, vive sua primeira crise às vésperas da convenção
estadual. A deputada estadual Gesane Marinho (PSD) anunciou a
desistência da candidatura à reeleição e confirmou que apoiará o
deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) para governador.
Ela demonstrou descontentamento com o fato do PT, da qual o PSD é aliado
na majoritária, aceitar uma possível coligação para deputado estadual
com o PC do B e rejeitar os peessedistas e disse que não poderia aceitar
a situação, principalmente porque o posicionamento dos petistas teve a
concordância do presidente estadual do PSD, o vice-governador Robinson
Faria.
Gesane Marinho destacou o apoio à pré-candidatura do
deputado Henrique Eduardo Alves ao Governo. Ela justificou que uma
possível aliança entre PC do B e PT na proporcional foi o que lhe levou a
desistir da reeleição. Com as declarações do deputado José Dias,
lamentando a saída da parlamentar, ela disse que ficou patente que o PSD
não a desejava mais no partido. “Fui surpreendida com declarações do
deputado José Dias, que disse que lamentava a saída de Gesane Marinho.
Eu não sabia que estava saindo, mas com a afirmação dele, então, saí
mesmo”, afirmou.
Ela disse que não houve reciprocidade do partido
e não tem condição de se manter em um grupo que não lhe deu atenção
devida. “Não voto no vice-governador por todo tratamento que me foi
dado”, justificou.
A parlamentar lembrou que há alguns meses
procurou a direção estadual do PSD e percebia que havia uma preocupação
da legenda apenas com a chapa majoritária. “Na ocasião, afirmaram que
não seria dado nenhum passo no sentido de prejudicar algum deputado, o
grupo andaria unido com chapa completa para federal, estadual e
majoritária”, narrou.
Gesane Marinho disse que achou “estranho”
os dirigentes do PT afirmarem que era “tradição não se coligar”. “Achei
estranho, inclusive porque eu não teria nenhum motivo para votar nos
candidatos do PT, na deputada Fátima Bezerra (candidata ao Senado)”,
comentou, observando que naquele momento estava sendo vista apenas a
situação dos petistas e não de todo grupo de partidos aliados.